Onde a sutileza das entrelinhas esconde sob si idéias sensatas e insensatas. Lugar de idéias convexas que se unem para tentar externar o clamor de sentimentos congruentes.
sábado, 26 de dezembro de 2009
O que fazer.
domingo, 1 de novembro de 2009
Meio de tudo
Precisava daquela água.
Sentia-se seco por dentro.
Dentro de si, sentia-se vazio.
Esse vazio que encabula seus sentimentos.
Queria beber essa água o mais rápido possível.
A culpa de sua sede era tão somente a preguiça por ele aceita.
Passou a andar no meio do outros.
Era levado pela multidão.
Sentia sede no meio da multidão.
Lá não havia água.
Poucas pessoas procuravam por água.
Muitas haviam cansado de pedir.
Sentia-se fraco por estar ali sendo levado para qualquer lugar que a multidão o levasse.
Quer sair dali.
Observa cada um ao seu lado.
Percebe a inexpressão de muitos.
Era mais fácil andar no meio da multidão.
Passou a buscar espaço entre as pessoas a sua volta.
Procurava sair dali.
Começava a sentir um cansaço descomunal.
Seria aquele esforço necessário?
Sentia sede.
Precisava sair dali.
Quanto mais buscava a saída, mais sede sentia.
Espremia-se entre as pessoas.
Esticava seu braço com a mão aberta já por esperar sua recompensa.
Queria aquele copo com água.
Sabe que vale a pena.
Muitas pessoas estavam escondidas no meio da multidão.
Era bem mais fácil seguir o fluxo do pensamento comum.
Seguir os questionamentos comuns era sensato para aqueles que ali estavam.
Queria questionar seus questionamentos.
Ao final conseguiu sair do meio de tudo.
Pode perceber como havia muitas pessoas ali.
Estava a beber aquele desejado copo com água.
Agora sim, sentia-se vivo.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Aquele poeminha de segundo grau.
Agradecimentos
Há sempre quem diga;
Que o tempo é injusto;
Porque para alguns;
O que é bom não dura muito.
Mas não se preocupe;
O tempo é sempre um bom remédio;
Porque entre outras coisas;
Serve para espantar o tédio.
Uma vez me disseram:
Quando eu estava aí me divertindo;
Nem vi o tempo passar;
Mas quando passou, me deparei sorrindo.
Sorrindo não só de alegria;
Era um misto também de saudade;
O que de alguma forma;
Também não escondia a felicidade.
Quando falei contigo, e você me lembrou;
Daqueles momentos, que viraram história;
Senti meu coração apertar;
Mas logo lembrei: foi a glória!
Talvez o tempo não seja tão injusto;
Ele nos permite mudar;
Ele nos faz pensar.
O tempo passa;
As pessoas mudam;
A vida muda;
Este é o ciclo dos acontecimentos.
Nós podemos achar que passou rápido;
Um minuto, um segundo;
Mas ele nos permitiu viver;
Para poder sorrir e também sofrer.
De algo eu não posso reclamar;
Por pelo menos um segundo;
Pude te olhar profundo;
Naquele momento, você era meu ar.
Agora penso nos momentos;
Nos quais você estava aqui;
Foi rápido, mas durou o suficiente;
Para não sair da minha mente.
Obrigado Tempo!
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Pensando no hoje.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Ela
terça-feira, 14 de julho de 2009
Livrai-o
terça-feira, 2 de junho de 2009
Do bem ao mal.
sábado, 16 de maio de 2009
Please, give our time. Together.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Ilha
terça-feira, 24 de março de 2009
Blue Moon
Quase não era incomodado por som algum.
Notou que esses momentos eram somente seus.
Eram momentos de uma solidão escolhida.
De uma solidão revigorante.
Descançava a mente.
Descançavam seus sonhos.
Achava que tudo ia dar certo no final de seus pensamentos.
Irá dar certo.
Ali sentado, se aprofundava em seus pensamentos mais banais.
Analisava o seu dia.
O que poderia ter dito, ou o que deveria ter sido sufocado.
Lembrava das pessoas que fazem parte de seus sonhos.
Daquelas que fazem parte da sua vida.
Sentia-se longe da sua vida.
Sentia-se perto do seu eu.
Não pretende viver isolado.
Se afastou de muitas coisas.
De coisas ruins e outras boas.
Consequências de suas escolhas.
Sentia uma brisa leve batendo levemente em seu rosto.
Provocava sentimentos de saudade.
Parte de sua vida era feita de lembranças.
Como de costume, sente que é formado por partes completamente diferentes que convergem na formação do seu "eu".
Era engraçado pensar no que se transformou, e no que ainda pode se transformar.
Vive de mudanças e querendo sempre mudar um pouco mais.
Se pudesse levaria tudo consigo.
Não pode e nem deve carregar todo esse peso.
Mas como tudo na sua vida se transforma, sabe que muito está por vir, e terá por consequência, muito mais do que recordar.
Que continue mudando.
Que continue a se recordar.
Que continue a se desafiar a cada dia.
Tomara que nunca acabe.
E que continue sendo bom.
Que continue sendo como sempre o é.
quarta-feira, 4 de março de 2009
Venham
Sentia uma preguiça tremenda em ter que levantar e enfrentar o dia que se inicia.
Dias chuvosos o fazem rememorar dos momentos agradáveis que passara em sua casa.
Realmente o novo é um grande estímulo.
Mas algumas boas lembranças tornam seu passado inesquecívelmente terno.
Diante das obrigações levantava sem pestanejar, mesmo com seu corpo pedindo clemência por mais alguns momentos deitado.
A vida de hoje não permite que a preguiça seja dona do seu tempo.
Suas obrigações tornaram-no mais inquieto do que o normal.
Hoje não se permite a pensar apenas em suas obrigações.
Dispensa mais tempo a conferir as obrigações alheias do que as suas.
Ritos de um novo tempo.
Isso se tornara uma de suas obrigações.
Pensar no coletivo é algo nobre.
Realizar suas obrigações também o é.
Pensa que muitas pessoas deveriam mesmo realizar com mais atenção as suas.
Gosta de observar as condutas alheias e convenientemente assimilar o que lhe parece de bom grado.
Muitos o subjulgaram por achar que não possuia um olhar mais crítico sobre suas obrigações, quiçá analisar as obrigações alheias.
Surpreender é um grande trunfo.
Sabe disso e sempre que possível faz o impossível para a surpresa de todos.
Como ouvira desde criança: "besta é quem pensa que ele é besta!".
Que venha mais um novo dia com muitas surpresas!
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Ritos
Passava a analisar sua inspiração, e chegava a conclusão que ela estava calma, sonolenta e despreparada.
Começou a sentir falta daqueles momentos epifânicos que mudavam sua vida de uma hora para outra.
Daqueles momentos que o faziam sentir-se mais vivo.
Daqueles cujo amor próprio é mais forte.
Daqueles onde o amor pela sua vida é mais presente.
Vive ritos solenes de uma rotina cansada.
Excitante pela sua natureza operacional, porém desestimulante pela sua natureza intelectual.
Gostava de sentir-se naqueles dias em que acha que pode salvar o mundo.
Em que pode se salvar de sí mesmo.
Celebraria os amados amigos.
Os de ontem e os de hoje.
Pensaria neles.
Seria uma forma de achar a sí mesmo.
Comparar-se consigo mesmo.
O de antes.
O de hoje.
Grandes conquistas desejadas e realizadas, deveriam ser o estimulo de uma nova vida.
Não a rota para velhos caminhos.
Sabe que havia andado no caminho do novo.
Não queria desistir do mesmo e se desviar ao antigo caminho do marasmo pessoal e intelectual.
Não pensa em ser um grande filósofo ou estudioso do mundo.
Apenas não deseja ser desinteressante para sí mesmo.
Esses dias repetitivos o fazem sentir-se como uma máquina.
Sem vida e sem vontades.
Não consegue reconhecer seu próprio "eu" no meio dessa rotina.
Sente-se desesperado por uma mudança.
De uma mudança que depende apenas de sua vontade.
Acordou hoje sentindo-se fora do tempo.
Do tempo normal a ser seguido.
Como se vivesse em um sonho contínuo.
Não conseguia reunir forças para enfrentar a realidade.
Agora sim, face a face com o desgosto pessoal decide por não mais apenas resistir.
Iria enfrentar.
Iria desafiar-se.
Iria apenas viver.
Denovo.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Desafio
Rotinas quebradas e outras impostas.
Havia voltado ao passado com ares de um futuro promissor.
Novamente percebia que antigos problemas haviam retornado.
É o preço de uma nova escolha.
De uma escolha antes vivida.
Antes maculada.
Antes abusada.
Agora via-se a cumprir antigos ritos.
Ritos de uma passagem difícil, porém desafiadora.
Era o que lhe conduzia nessa nova empreitada.
O desafio.
Desafiava-se todos os dias.
O desafiavam todos os dias.
O prazer da conquista misturado com o cansaço da execução.
Esperavam muito dele.
Esperava muito de si mesmo.
Sentia-se longe de si grande parte do seu tempo.
Seu tempo não era mais compatível com o das outras pessoas.
Distanciava-se.
Mas não deixava de amá-las.
Nunca iria deixar.