quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ritos

Solenemente esta semana foi escolhida para dar asas a sua imaginação pouco inspirada.
Passava a analisar sua inspiração, e chegava a conclusão que ela estava calma, sonolenta e despreparada.
Começou a sentir falta daqueles momentos epifânicos que mudavam sua vida de uma hora para outra.
Daqueles momentos que o faziam sentir-se mais vivo.
Daqueles cujo amor próprio é mais forte.
Daqueles onde o amor pela sua vida é mais presente.
Vive ritos solenes de uma rotina cansada.
Excitante pela sua natureza operacional, porém desestimulante pela sua natureza intelectual.
Gostava de sentir-se naqueles dias em que acha que pode salvar o mundo.
Em que pode se salvar de sí mesmo.
Celebraria os amados amigos.
Os de ontem e os de hoje.
Pensaria neles.
Seria uma forma de achar a sí mesmo.
Comparar-se consigo mesmo.
O de antes.
O de hoje.
Grandes conquistas desejadas e realizadas, deveriam ser o estimulo de uma nova vida.
Não a rota para velhos caminhos.
Sabe que havia andado no caminho do novo.
Não queria desistir do mesmo e se desviar ao antigo caminho do marasmo pessoal e intelectual.
Não pensa em ser um grande filósofo ou estudioso do mundo.
Apenas não deseja ser desinteressante para sí mesmo.
Esses dias repetitivos o fazem sentir-se como uma máquina.
Sem vida e sem vontades.
Não consegue reconhecer seu próprio "eu" no meio dessa rotina.
Sente-se desesperado por uma mudança.
De uma mudança que depende apenas de sua vontade.
Acordou hoje sentindo-se fora do tempo.
Do tempo normal a ser seguido.
Como se vivesse em um sonho contínuo.
Não conseguia reunir forças para enfrentar a realidade.
Agora sim, face a face com o desgosto pessoal decide por não mais apenas resistir.
Iria enfrentar.
Iria desafiar-se.
Iria apenas viver.
Denovo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Desafio

De repente sua vida havia mudado.
Rotinas quebradas e outras impostas.
Havia voltado ao passado com ares de um futuro promissor.
Novamente percebia que antigos problemas haviam retornado.
É o preço de uma nova escolha.
De uma escolha antes vivida.
Antes maculada.
Antes abusada.
Agora via-se a cumprir antigos ritos.
Ritos de uma passagem difícil, porém desafiadora.
Era o que lhe conduzia nessa nova empreitada.
O desafio.
Desafiava-se todos os dias.
O desafiavam todos os dias.
O prazer da conquista misturado com o cansaço da execução.
Esperavam muito dele.
Esperava muito de si mesmo.
Sentia-se longe de si grande parte do seu tempo.
Seu tempo não era mais compatível com o das outras pessoas.
Distanciava-se.
Mas não deixava de amá-las.
Nunca iria deixar.

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