sábado, 26 de dezembro de 2009

O que fazer.

Desde que havia se proposto a tentar ser mais calmo, ficar mais consigo, dormir mais e sonhar mais, parecia que tudo havia se tornado difícil demais.
Pensava mais em fazer o contrário.
Passou a querer mais algo e fazer exatamente com que isso se tornasse mais distante.
De volta aquele período de letargia, queria sair dali.
Daquele lugar que o sufocava.
Observava a multidão e se sentia alheio a ela.
Nem sempre suas percepções sobre si se completavam.
Sentia-se só.
Queria descançar com ela e voltar aqueles momentos de conversas tranquilas e sonhadoras.
Sabia que pensar nela o fazia bem.
Ela está mais perto do que imagina.
Quando lembrava disso ele sentia-se mais tranquilo.
Mais calmo.
Ai recordava de suas ocupações que não podem ser esquecidas.
Tinha muito trabalho a fazer.
Era costume.
A semana era sempre cheira de atenções.
O fim de semana ficava vazio.
Coisas de fim de semana.
Queria relaxar.
Sabia como.

domingo, 1 de novembro de 2009

Meio de tudo

Era uma sede insensata.

Precisava daquela água.

Sentia-se seco por dentro.

Dentro de si, sentia-se vazio.

Esse vazio que encabula seus sentimentos.

Queria beber essa água o mais rápido possível.

A culpa de sua sede era tão somente a preguiça por ele aceita.

Passou a andar no meio do outros.

Era levado pela multidão.

Sentia sede no meio da multidão.

Lá não havia água.

Poucas pessoas procuravam por água.

Muitas haviam cansado de pedir.

Sentia-se fraco por estar ali sendo levado para qualquer lugar que a multidão o levasse.

Quer sair dali.

Observa cada um ao seu lado.

Percebe a inexpressão de muitos.

Era mais fácil andar no meio da multidão.

Passou a buscar espaço entre as pessoas a sua volta.

Procurava sair dali.

Começava a sentir um cansaço descomunal.

Seria aquele esforço necessário?

Sentia sede.

Precisava sair dali.

Quanto mais buscava a saída, mais sede sentia.

Espremia-se entre as pessoas.

Esticava seu braço com a mão aberta já por esperar sua recompensa.

Queria aquele copo com água.

Sabe que vale a pena.

Muitas pessoas estavam escondidas no meio da multidão.

Era bem mais fácil seguir o fluxo do pensamento comum.

Seguir os questionamentos comuns era sensato para aqueles que ali estavam.

Queria questionar seus questionamentos.

Ao final conseguiu sair do meio de tudo.

Pode perceber como havia muitas pessoas ali.

Estava a beber aquele desejado copo com água.

Agora sim, sentia-se vivo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Aquele poeminha de segundo grau.

Estava a vasculhar gavetas intocáveis por alguns anos.
Cada uma cheia de um passado ignorado e único.
Pôs-se a buscar em sua memória que tipo de pessoa possuía tudo aquilo.
Era como se ele observasse o passado de outra pessoa.
Era uma tentativa de analisar cada objeto e o sentimento que deveria causar naquele que o possuía.
Era como se cada objeto abrisse uma tela em sua mente onde um filme antigo era exibido.
Algumas coisas despertavam emoções melancólicas.
Outras se tornaram indiferentes com o passar do tempo.
Olhar tudo aquilo o fez perceber uma indiferença com o tempo vivido.
De repente percebeu que não era tão questionador dos seus dias.
Suas leituras eram pouco mais do que o cotidiano do mundo.
Assistia apenas o que estavam a assistir.
Sentia-se levado pela nulidade de um pensamento comum que aniquilava sua percepção crítica.
Lembrou que não se deixava devanear em sentimentos que afloravam a cada respiração ofegante e por uma curiosidade, para consigo mesmo, sobre onde seria levado por seus pensamentos desmedidos.
Sentia-se mais máquina do que carne.
Sentia-se mais reprodutor de situações do que criador de seu mundo interior.
Sua fuga havia sido esquecida no canto de uma gaveta empoeirada.
Olhava aquele pedaço de papel com uma exaltação e alegria que o embevecia de sentimentos nobres sobre si mesmo.
Era um tipo de orgulho saudosista.
Não sabia descrever ao certo o que estava acontecendo.
Era como se bebesse um copo com água quando sentia bastante sede.
Sentia-se sublimado por algo alentador.
Seus devaneios epifânicos estavam esquecidos.
Estavam.
Aquele poema de segundo grau bobo e inocente o trouxe para si.
De onde nunca deveria ter saído.

Agradecimentos

Há sempre quem diga;

Que o tempo é injusto;

Porque para alguns;

O que é bom não dura muito.

Mas não se preocupe;

O tempo é sempre um bom remédio;

Porque entre outras coisas;

Serve para espantar o tédio.

Uma vez me disseram:

Quando eu estava aí me divertindo;

Nem vi o tempo passar;

Mas quando passou, me deparei sorrindo.

Sorrindo não só de alegria;

Era um misto também de saudade;

O que de alguma forma;

Também não escondia a felicidade.

Quando falei contigo, e você me lembrou;

Daqueles momentos, que viraram história;

Senti meu coração apertar;

Mas logo lembrei: foi a glória!

Talvez o tempo não seja tão injusto;

Ele nos permite mudar;

Ele nos faz pensar.

O tempo passa;

As pessoas mudam;

A vida muda;

Este é o ciclo dos acontecimentos.

Nós podemos achar que passou rápido;

Um minuto, um segundo;

Mas ele nos permitiu viver;

Para poder sorrir e também sofrer.

De algo eu não posso reclamar;

Por pelo menos um segundo;

Pude te olhar profundo;

Naquele momento, você era meu ar.

Agora penso nos momentos;

Nos quais você estava aqui;

Foi rápido, mas durou o suficiente;

Para não sair da minha mente.

Obrigado Tempo!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Pensando no hoje.

Dai o que precisas.
Porque tudo que necessitas nem sempre depende propriamente das suas vontades.
Fuja do que o flagelas.
Nem sempre é necessário ficar a sentir o desagradável, apenas por imaginar que isso se faz necessário para algum tipo de aprendizado.
Pense no que o engrandece.
Faz parte da vida, nas reflexões de cada um pensar que estar sempre a tentar fazer o bem, se auto-analisando, para que possas ser uma pessoa melhor para si e para o mundo.
Respeite quem o ensinas.
As pessoas nem sempre dão ouvidos a quem as ensina, seja o significado de uma simples palavra, seja algum tipo de conhecimento útil a vida.
Lembre daqueles que sempre recordam de sua presença.
As vezes as pessoas mudam de ares, de ligações e vontades, e não é justo para aqueles que sempre o celebram e fazem questão de sua presença.
Ser fraco também e ser forte.
Admitir-se fraco em algumas situações, põe em questionamento sobre quem és e o que pode ser melhorado. Muitos se dizem fortes e corajosos, mas são covardes em suas auto-críticas.
Perdoar é caminho de crescimento espiritual e moral.
Nem sempre o perdão e caminho para aqueles que se sentem flagelados. Seria simples perdoar e colocar o passado em uma página amassada, o orgulho é uma reflexão justa porém incauta.
Pensar em um mundo melhor tentando mudar algo em si, faz parte da mudança de um todo.
Mudar algumas atitudes para uma consciência mais "ecológica" ou social, traz ganhos no quesito "exemplos" a serem seguidos e qualificam mais pessoas a seguir pensamentos que privilegiem o todo.
Enfim, pensar as vezes faz bem.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ela

Estava ansioso em sua espera.
Não podia aguentar mais tempo.
Achava interessante como sua vida e suas espectativas mudavam quando ela estava por perto.
Era como se ela fosse sua fonte de vida e alegria.
Ela sempre o surpreendia.
Queria esperá-la para lhe fazer uma surpresa.
Ela como sempre chegou antes, e acabou fazendo a surpresa.
Ela tem seu "ar" especial.
Conquistava as pessoas com sua atitude.
Ele credita nela uma confiança intima.
Eles se entendem.
Já passaram do bem ao mal juntos.
De volta ao bem, percebem o que realmente mudou.
Essa andanças mostraram que cada um podia ser muito.
Mas que continuavam os mesmos, juntos.
Era como se ela nunca tivesse se distanciado.
Quando ela estava por perto, ele sentia algo especial.
Sentia-se de mãos dadas com ela.
Sempre juntos.
Era o que ele sentia.
Não importava onde ele ou ela estivesse.
O que importava era o que eles sentiam.
Nunca havia pensado que alguém fosse mudar sua vida dessa forma.
Que alguém fosse fazer com que seus planos mudassem.
Fazer com que os novos rumos fizessem mais sentido do que os antigos.
Ela o revigorava de suas rotinas.
De suas andanças por lugar nenhum.
Ela lhe dava o rumo certo.
Ela lhe deu o seu rumo.
Ele queria ser bom e justo o bastante para merecer tê-la por perto.
Queria poder sempre olhá-la nos olhos.
Ouvir suas risadas baixas.
Naquela noite, naquela mesa, naquela situação confusa eles foram deixados próximos.
Talvez, ele ainda não soubesse qual o sentimento mais valoroso que se podia sentir por alguém.
Agora ele sabe.
Basta olhá-la.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Livrai-o

Quando se deparava com as consequências de suas escolhas, ficava sempre a imaginar se houvesse sido diferente.
Não são momentos de arrependimento.
São momentos de curiosidade.
Se fora escolhido por sua própria vida, deveria vangloriar-se de poder tê-la de volta.
Havia deixado sua escolhas de lado e agora no comando de suas decisões sentia-se livre.
Livre o bastante para agregar novas escolhas que acrescentam à sua vida, e não o contrário.
Se o antes o ensinara, deveria agradacer ao antes.
Agradeceria da sua própria forma.
Sua liberdade não conta os dias.
Ela encanta os dias.
Mais do que nunca, seria imprenscindível estimular seu crescimento, pensa-lo e realiza-lo.
Quando começou a andar sozinho não tinha idéia de que caminho seguir.
Seguia sem rumo.
Rumos distantes e desconhecidos.
Pensava em cada dia como mais um, apenas.
De repente, nesses momentos de epifania tomara novas decisões.
Mudara de rumo, e dessa vez, com uma determinação que o excitava para o adiante.
Hoje pensa em tudo e olha para trás com menos rancor que antes.
Olha para frente com mais coragem.
Enfrenta e aborda os obstáculos.
Tornara-se mais forte do que queria.
Mais cético do que deveria.
Mais ainda era humano.
E nunca deixará de ser.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Do bem ao mal.

Quando o encontravam de bom humor era uma festa.
Era o que diziam.
Está escrito e sacramentado.
Diziam que ele era o divertimento alheio.
O divertimento geral.
Aceitava tais palavras de pessoas muito próximas.
Das que acreditava.
E ainda há de acreditar mais e mais.
Não mais os deixaria de lado.
Convicções não mais serão desmedidas por motivos alheios.
Apontavam para os outros na sua frente.
Diziam conhecer o mundo e as pessoas.
Julgavam ser conhecedores do que acontece.
Apontar e denunciar é mais simples do que reconhecer.
Reconhecer é um ato doloroso.
Reconheceria ser fraco em alguns momentos.
Seria vingativo em outros.
Maldoso nos momentos restantes. 
Ouvira de algumas pessoas que o bom também tem o mal dentro de sí.
Para saber diferenciar o justo a se fazer.
Do mal que poderia causar.
Pois é assim mesmo.
Ser bom cansa.

sábado, 16 de maio de 2009

Please, give our time. Together.

I let myself flow onwards 

I swim through my mind back and forth 

My soul still sings 

the song we once wrote 

Together 

We once had a dream 

We had everything 

We rode to the end of the world 

We rode on searching 

We climb skyscrapers 

But they were all destroyed 

The peace is now gone 

I lack balance, I fall down 

Still, I let myself flow onwards 

I swim through my mind 

But I always come back

to the same place 

There is nothing left to say 

This is for the best 

God will provide a day 

For us 

...Tomorrow

terça-feira, 14 de abril de 2009

Ilha

Ele acordou querendo saber porque alguns sonhos parecem reais.
Sonhara estar em outro lugar, vivendo uma outra vida, enfim sendo outra pessoa.
Mudara de cidade, era feliz o tempo todo e não se preocupava com nada.
Acordava e seguia com os seus para algum lugar paradisíaco e apenas se importava com diversão.
Sonhava com o que faria no dia seguinte.
Parecia que duraria a vida toda.
Era algum tipo de provocação a sua mente?
Será que necessitava de uma mudança de ares?
Mais uma?
De onde viriam aqueles ventos gélidos e cortantes?
Aquele sol que parecia brigar com as águas do mar a fim de esquentá-las? 
Como poderia imaginar que tudo aquilo seria bom demais para ser verdade?
Vivia uma vida feliz?
Demais até do que qualquer felicidade real.
Parecia que duraria toda uma vida.
Uma vida real.
Aos poucos remetia a pensamentos de uma realidade fugaz, mesmo estando a sonhar.
Pensava que havia uma realidade qualquer que queria ignorar.
Uma realidade sacal e saudosa.
Queria demorar mais ali.
Naquele sonho.
Na irrealidade de um sonho real.
Na realidade de momentos quase que irreais.
Onde uns choram de tão alegres.
E outros congratulam os momentos mais recentes.
Seria lúdico demais pensar que tudo aquilo poderia ser real.
Até porque a felicidade, como já fora dito antes, parece durar pouco, pois uma vez nela, o tempo não se fazia presente. 
Não era contado, nem administrado.
Parecia passar mais rápido do que realmente o é.
Como dizem as mentes insanas : um segundo de felicidade passa mais rápido do que outro de tristeza.
Não sabia como espressar o que sentia naquele momento.
Nem o real significado daquele sonho.
Daquela vida.
Daquela vivida.
Dos outros.
Nem de sí.
Saudades sentia do sonho sonhado.
E quem sabe vivido.

terça-feira, 24 de março de 2009

Blue Moon

A noite, olhando para o céu escuro, ele sentia-se em paz.
Quase não era incomodado por som algum.
Notou que esses momentos eram somente seus.
Eram momentos de uma solidão escolhida.
De uma solidão revigorante.
Descançava a mente.
Descançavam seus sonhos.
Achava que tudo ia dar certo no final de seus pensamentos.
Irá dar certo.
Ali sentado, se aprofundava em seus pensamentos mais banais.
Analisava o seu dia.
O que poderia ter dito, ou o que deveria ter sido sufocado.
Lembrava das pessoas que fazem parte de seus sonhos.
Daquelas que fazem parte da sua vida.
Sentia-se longe da sua vida.
Sentia-se perto do seu eu.
Não pretende viver isolado.
Se afastou de muitas coisas.
De coisas ruins e outras boas.
Consequências de suas escolhas.
Sentia uma brisa leve batendo levemente em seu rosto.
Provocava sentimentos de saudade.
Parte de sua vida era feita de lembranças.
Como de costume, sente que é formado por partes completamente diferentes que convergem na formação do seu "eu".
Era engraçado pensar no que se transformou, e no que ainda pode se transformar.
Vive de mudanças e querendo sempre mudar um pouco mais.
Se pudesse levaria tudo consigo.
Não pode e nem deve carregar todo esse peso.
Mas como tudo na sua vida se transforma, sabe que muito está por vir, e terá por consequência, muito mais do que recordar.
Que continue mudando.
Que continue a se recordar.
Que continue a se desafiar a cada dia.
Tomara que nunca acabe.
E que continue sendo bom.
Que continue sendo como sempre o é.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Venham

Esses dia chuvosos são um belo convite a uma permanência maior deitado.
Sentia uma preguiça tremenda em ter que levantar e enfrentar o dia que se inicia.
Dias chuvosos o fazem rememorar dos momentos agradáveis que passara em sua casa.
Realmente o novo é um grande estímulo.
Mas algumas boas lembranças tornam seu passado inesquecívelmente terno.
Diante das obrigações levantava sem pestanejar, mesmo com seu corpo pedindo clemência por mais alguns momentos deitado.
A vida de hoje não permite que a preguiça seja dona do seu tempo.
Suas obrigações tornaram-no mais inquieto do que o normal.
Hoje não se permite a pensar apenas em suas obrigações.
Dispensa mais tempo a conferir as obrigações alheias do que as suas.
Ritos de um novo tempo.
Isso se tornara uma de suas obrigações.
Pensar no coletivo é algo nobre.
Realizar suas obrigações também o é.
Pensa que muitas pessoas deveriam mesmo realizar com mais atenção as suas.
Gosta de observar as condutas alheias e convenientemente assimilar o que lhe parece de bom grado.
Muitos o subjulgaram por achar que não possuia um olhar mais crítico sobre suas obrigações, quiçá analisar as obrigações alheias.
Surpreender é um grande trunfo.
Sabe disso e sempre que possível faz o impossível para a surpresa de todos.
Como ouvira desde criança: "besta é quem pensa que ele é besta!".
Que venha mais um novo dia com muitas surpresas!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ritos

Solenemente esta semana foi escolhida para dar asas a sua imaginação pouco inspirada.
Passava a analisar sua inspiração, e chegava a conclusão que ela estava calma, sonolenta e despreparada.
Começou a sentir falta daqueles momentos epifânicos que mudavam sua vida de uma hora para outra.
Daqueles momentos que o faziam sentir-se mais vivo.
Daqueles cujo amor próprio é mais forte.
Daqueles onde o amor pela sua vida é mais presente.
Vive ritos solenes de uma rotina cansada.
Excitante pela sua natureza operacional, porém desestimulante pela sua natureza intelectual.
Gostava de sentir-se naqueles dias em que acha que pode salvar o mundo.
Em que pode se salvar de sí mesmo.
Celebraria os amados amigos.
Os de ontem e os de hoje.
Pensaria neles.
Seria uma forma de achar a sí mesmo.
Comparar-se consigo mesmo.
O de antes.
O de hoje.
Grandes conquistas desejadas e realizadas, deveriam ser o estimulo de uma nova vida.
Não a rota para velhos caminhos.
Sabe que havia andado no caminho do novo.
Não queria desistir do mesmo e se desviar ao antigo caminho do marasmo pessoal e intelectual.
Não pensa em ser um grande filósofo ou estudioso do mundo.
Apenas não deseja ser desinteressante para sí mesmo.
Esses dias repetitivos o fazem sentir-se como uma máquina.
Sem vida e sem vontades.
Não consegue reconhecer seu próprio "eu" no meio dessa rotina.
Sente-se desesperado por uma mudança.
De uma mudança que depende apenas de sua vontade.
Acordou hoje sentindo-se fora do tempo.
Do tempo normal a ser seguido.
Como se vivesse em um sonho contínuo.
Não conseguia reunir forças para enfrentar a realidade.
Agora sim, face a face com o desgosto pessoal decide por não mais apenas resistir.
Iria enfrentar.
Iria desafiar-se.
Iria apenas viver.
Denovo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Desafio

De repente sua vida havia mudado.
Rotinas quebradas e outras impostas.
Havia voltado ao passado com ares de um futuro promissor.
Novamente percebia que antigos problemas haviam retornado.
É o preço de uma nova escolha.
De uma escolha antes vivida.
Antes maculada.
Antes abusada.
Agora via-se a cumprir antigos ritos.
Ritos de uma passagem difícil, porém desafiadora.
Era o que lhe conduzia nessa nova empreitada.
O desafio.
Desafiava-se todos os dias.
O desafiavam todos os dias.
O prazer da conquista misturado com o cansaço da execução.
Esperavam muito dele.
Esperava muito de si mesmo.
Sentia-se longe de si grande parte do seu tempo.
Seu tempo não era mais compatível com o das outras pessoas.
Distanciava-se.
Mas não deixava de amá-las.
Nunca iria deixar.

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