domingo, 1 de novembro de 2009

Meio de tudo

Era uma sede insensata.

Precisava daquela água.

Sentia-se seco por dentro.

Dentro de si, sentia-se vazio.

Esse vazio que encabula seus sentimentos.

Queria beber essa água o mais rápido possível.

A culpa de sua sede era tão somente a preguiça por ele aceita.

Passou a andar no meio do outros.

Era levado pela multidão.

Sentia sede no meio da multidão.

Lá não havia água.

Poucas pessoas procuravam por água.

Muitas haviam cansado de pedir.

Sentia-se fraco por estar ali sendo levado para qualquer lugar que a multidão o levasse.

Quer sair dali.

Observa cada um ao seu lado.

Percebe a inexpressão de muitos.

Era mais fácil andar no meio da multidão.

Passou a buscar espaço entre as pessoas a sua volta.

Procurava sair dali.

Começava a sentir um cansaço descomunal.

Seria aquele esforço necessário?

Sentia sede.

Precisava sair dali.

Quanto mais buscava a saída, mais sede sentia.

Espremia-se entre as pessoas.

Esticava seu braço com a mão aberta já por esperar sua recompensa.

Queria aquele copo com água.

Sabe que vale a pena.

Muitas pessoas estavam escondidas no meio da multidão.

Era bem mais fácil seguir o fluxo do pensamento comum.

Seguir os questionamentos comuns era sensato para aqueles que ali estavam.

Queria questionar seus questionamentos.

Ao final conseguiu sair do meio de tudo.

Pode perceber como havia muitas pessoas ali.

Estava a beber aquele desejado copo com água.

Agora sim, sentia-se vivo.

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