quarta-feira, 30 de julho de 2008

Dia de mudar

Ele estava cansado do marasmo.
Tudo passava desapercebido.
Na noite de um dia qualquer desses, uma ligação cala sua boca.
Mudança desesperada.
Não sabia como lidar com isso.
Parece que acordou o seu juízo.
É mesmo.
Depois daquela só pode.
Pois não estava afim de ficar nessa de lidar com os acontecimentos diários e agora queria contar uma história.
Queria agora dar vida a personagens que não fossem ele.
Que tal pensar em João e Maria?
Seria o seu João e Maria.
João que morava longe, porém perto de Maria, queria apenas poder entender com a ajuda Maria, as questões freudianas que ele vivia diariamente, podendo também analisá-las e conceitua-las.
Eles depois, foram mais longe.
Sentia saudade quando não a via.
Bom, João queria saber de Maria como seria quando eles se separassem.
Maria disse que tudo ia dar certo.
Como será que dará certo?
Dará sim senhor, pensou João.
Maria sabia que ia ver como tudo seria.
E João agora na rota contrária.
Ia pra mais longe.
Mais ai, pensou ele, tinha que ser forte e tomar as rédeas da sua vida.
Maria não entendia o que se passava.
Nem poderia, de tão pronta decisão, alheia as vontades de João.
João estava atônito para "maquinar" algo a fazer.
Humm, será que ele conseguirá obter o êxito necessário?
Ele pode ir mais longe.
Ser mais esperto e tentar ser mais austero com suas vontades.
Bom, Maria não sabia como ajudar.
Ela já ia longe, quando soube.
João ia deitar.
Estava com sono.
Iria pensar deitado.
Porque ele não é besta.
E Maria sabe disso.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Iluminando

Essa luz, tão distante luz, há de se aproximar.
Aproximar-se dele.
Dele que não vive sem ela.
Ela que dá vida a ele.
Ele que não quer pedir demais dela.
Dela que não pode fazer tudo por ele.
Ele deverá ser mais astuto.
Astudo para não cair nos mesmos erros.
Erros que fazem dele menos.
Menos que não mais o fazem sofrer.
Sofrer que não pode ser recorrente.
Recorrente não mais!
Mais felicidade sim!
Sim para os objetivos.
Objetivos que não podem ser suprimidos.
Suprimidos pelo mesmo caminho.
Caminho que será diferente.
Diferente do que foi no passado.
Passado que não volta mais.
Mais que não quer que volte mesmo.
Mesmo que seja útil.
Útil não significa necessário.
Necessário é aprender a lidar com as mudanças.
Mudanças que levarão a novos caminhos.
Caminhos que lhe mostrarão novas experiências.
Experiências que ensinarão novas idéias.
Idéias que lhe movam a mente.
Mente que mova o espírito.
Espírito de luta.
Luta por uma vida melhor.
Melhor ainda do que já é.
E será.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Criando Motivos

Imerso entre tantas informações colhidas de livros, ele vivia em um mundo próprio.
Ferramentas para a sociedade e para a vida.
Conhecimento que o tornam crítico de uma sociedade cheia de informações pífias e importantes.
Surge a cada linha um bom motivo para aprofundar-se mais nesse mundo cheio de controvérsias.
Muitos não desprendem tempo algum na busca de conhecimento, sejam técnicos ou factuais.
É um tempo ganho, não perdido.
Isso dá motivos para não pensar no desnecessário.
Criando novas idéias e acrescentando outras.
É certo que há um certo alívio que serve como premissa para essas incursões.
Um novo vigor que dá força para concluir trabalhos um tanto estafantes.
Sorri sozinho por alguns instantes ao lembrar de suas novas aspirações.
O inesperado veio sorrateiro e tornou vivo pensamentos antes sonolentos.
A saudade é tempero de lembranças recentes.
Lembranças vivas em seu sorriso.
Entre ler e escrever, algumas boas lembranças o tornam saudosamente feliz.
A distância parece maior no coração de quem sonha.
Porém aproxima-o dos bons sentimentos.
Lendo e criticando.
Lendo e lembrando.
Havia agora, bons motivos para acreditar no desacraditado.
Uma força que revigora para o deitar e o levantar.
Toda sua rotina se torna menos estafante.
Faz-se necessário ser mais consciente sobre o novo.
O novo que faz eco do passado.
Porém, que parece elaborar uma nova fase.
Pode não ser por muito tempo.
Pode durar pouco.
Que seja eterno enquanto dure, como disse um bom e antigo literata.
Não queria pensar no tempo.
Quer pensar em como tudo isso lhe revigora.
Uma identificação surpreendente.
Uma boa surpresa, sem dúvida.
Um tipo de sonho consciente.
Por isso, continua a ler e a devanear.
Quer que esse conhecimento seja transmitido.
Que sirva, e não que se perca.
Assim os autores querem e sonham.
Escrever não é tarefa simples.
Aprender também não é.
Sujeita-se a aprender porque sabe que o conhecimento abre portas para a vida e para novas convicções.
Uma sujeição adorável por sinal.
Aprender faz parte do que o ser humano pode ser e fazer de melhor.
Que as pessoas pensem nisso.
Ganhando tempo lendo e aprendendo.
De certo, que a vida não pode ser vivida apenas em livros e debates culturais.
Faz-se necessário o lazer revigorante.
O que revigora para o "aprender".
Junte a isso, o bom estado de espírito.
De como o "bom humor" transforma nossas convicções.
O esforço diário, contra o que lhe toma de suas forças, torna-se mais simples.
O vigor da vida se faz mais presente.
A vontade de aprender aumenta.
E acrescenta.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Do nada para o mundo


De repente vem um "soprinho" de força para voltar a caminhar.
Desde que não passe logo, ele irá usufruir dele como fonte de vida.
Não havia feito uma compreensão lógica sobre mudanças de humor repentinas.
De certo que os problemas se faziam mais presentes nessa hora, mas depois eles perdem a força do sentido.
Há momentos em que existe a impressão de um tipo exclusão da vida, e isso se torna mais forte do que deveria ser.
Sente-se ceifado de momentos que deveria aproveitar.
Mas da mesma forma que vem, se vai.
Não iria ficar pensando nisso com um interesse descomunal.
Não queria se desgastar pensando no "não ser".
Hoje seria mais um dia, porém um novo dia.
Assim deve pensar e ser.
Clareando idéias antes obscuras por uma névoa irracional.
Faça de seus desejos o tempero da vida e vá a luta.
Lembre de suas convicções e as torne verdade.
Que se levante e seja forte.
Fuja de um altruísmo barato e busque sua essência.
Assim será.
Deverá tatuar isso na alma, para cada vez que se sentir mal, lembrar que já foi forte.
Que é forte.
O novo causa uma certa estranheza por sua indefinição.
Será que dará certo?
Tudo mudará para melhor ou pior?
Não deveria fazer esses questionamentos.
Eles impressionam e podem fragilizar.
Enfrente e viva.
Lembre disso, do que lhe renova e dá força.
Esses momentos são recheados de inspirações obscuras.
Tornar-lo-ia indiferente ao que era necessário ser atencioso.
Não mais por hoje pensará em imposições.
Não nas desmedidas imposições sobre si mesmo.
Sabe por demais que não é criminoso de sua sociedade.
Nem de seus pensamentos.
Hoje é dia de se levantar.
Fazer de propósitos uma obstinação real.
Que venha tudo denovo.
Está de pé e não deverá parar por um bom tempo.
Não pode parar.
E nem vai.

domingo, 6 de julho de 2008

Melancolia Assumida

Ele sente que está diante de uma escuridão infinita.
Tudo parece obscuro e sem vida.
Caminhos sem saída, onde a dor é a única companhia.
Doía demais pensar que não havia mais nada a fazer.
Sabe que tudo pode mudar ao crer na esperança.
Ela apenas parece distante e fria em seu coração.
É exatamente assim que ele se sente.
Frio.
Como se estivesse congelado, e a única coisa a fazer era olhar pra si, e sentir um tipo de solidão merecida.
Sempre tentava fazer o melhor para ser feliz.
Porém, de repente essa melancolia desfazia de sua coragem.
Indignava seu coração.
Sangrava sua alegria.
Uma estranha sensação de perda que lembrava alguns de seus piores dias.
Queria apenas mudar de caminho.
Que esse vazio acabasse.
Que parasse de doer.
Não sentia falta de ninguém, a não ser de sua coragem.
Não entendia como de um dia para o outro, convicções se tornassem pó.
Sonhos e crenças se tornassem distantes.
Queria achar um caminho onde a luz se fizesse presente.
Contruir uma nova vida.
Algo dentro de si havia mudado, e ele tentava lutar contra todo esse mal agoniante.
Só queria se sentir mais forte diante das mesmas dores.
Queria se sentir mais feliz.
Não se sentia só.
Não era um tipo de revolta causada por solidão.
A solidão seria pena, não a escolha.
Só queria que essa tristeza enclausurada em seu coração fosse embora.
Que ela morresse sufocada.
Que ela não o sufocasse mais.
Queria dormir e acordar no ano seguinte.
Sentia um sono violento.
Atrapalhava toda a sua rotina.
Ele tentará ser mais forte pra si.
Sentia que deveria sempre ser forte para os outros, uma vez que sempre tenta agradar aos que ama.
Era a hora de ser para si.
Ele deixará essa sonolência vencer hoje.
Só hoje, porque amanhã é um novo dia.
E que venha uma nova vida.

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