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Quando o sol aparecer e as sombras se tornam alento as intenções mudam.
Ele não pensava que sua rotina fosse mudar tanto.
Mudança é uma constante na sua vida.
Adora.
As mudanças permitem reflexões profundas sobre a rotina.
Ou sobre o que parece ser rotina.
O pior lugar para se esconder é dentro de si mesmo.
Não por negação.
Mas para não fazer coisas que os próximos não querem.
Sabe que as pessoas o consideram.
Sabia que suas verdades não eram mentira para ninguém.
Por que a sujeição sobre a imposição alheia?
Ele dizia que sempre tentava o melhor.
O correto.
Seria incorreto não se sujeitar àqueles que o amam?
Seria incorreto substimar as pessoas dessa forma?
Ou o que elas pensam sobre você?
Talvez o correto seja fazer parte do "ser", "ir" e "estar".
Quem sabe?
Ela nunca disse que não concordava.
Ele sabia que podia contar com ela.
E pra ela.
Ele sabe o quanto são cúmplices.
Acredita que são almas convergentes.
Ele celebra os seus.
Sente orgulho daquilo que um dia deixou por razões maiores.
Para conhecer de verdade o "novo".
Ela faz parte do novo.
Ele pensava no que havia deixado de ser.
Havia mudado, porém em partes.
Não era mais o todo de outrora.
Era formado por partes mutantes em uma simbiose contínua.
Antes, sentia a necessidade, agora sente o prazer.
Sente que é assim é.
Assim que quer ser.
Sua percepção o faz complacente.
Entende que deve ser tolerante.
E que deve pedir tolerância.
Mesmo sendo essa "metamorfose ambulante", ainda havia raízes.
Estórias vividas.
Contadas.
Coisas que não se vão.
Exatamente o que fica guardado.
Aquilo que pode fazer rir, ou fazer chorar.
Ele queria poder estar em dois lugares ao mesmo tempo.
Não por querer ser um desafiador da física.
Apenas para ser a mesma pessoa nesses dois mundos que julga viver.
Para poder se alimentar desses dois mundos fazem parte dele.
O espelho sentencia essa união desafiadora e real.
Ele assim acredita.
Talvez fossem apenas pensamentos conflitantes.
Ele não achava conflitante.
Achava justo.
Ela unia esses dois mundos.
Dava-o paz.
De repente ele percebeu que a vida nesses dois mundos era pacífica.
Conseguia a calma em ambos os lados.
As pessoas de ontem o fazem tão bem quanto as pessoas de hoje.
O "alí" era aprazível.
Revigorante.
Pacífico.
O "aqui" também o é.
Por isso aceitava dar as mãos para as suas origens e para a sua criação.
E que tudo possa continuar corroborativo.