terça-feira, 10 de junho de 2008

O melhor


Aquele seria apenas mais um dia comum.
Deveria ser mais um dia comum.
Ele tentava seguir no seu dia-a-dia com a retidão que lhe fazia pensar que era uma boa pessoa, daquelas que só querem fazer o bem.
Ele fora lembrado de que um dia fora saliente demais.
Isso é o que disseram.
Sabia que não havia feito nada na época.
E muito menos o faria agora.
Agora se é pra ser saliente...
Com certeza ele sabe como ser.
Será providente.
Sabe que se é pra ter a fama, deitar na cama será da forma mais inusitada.
Não da forma que querem.
Mas da forma que quer.
Julgaram saber quem ele era.
Quem ele é.
Não o conhecem.
Não sabem do que ele é capaz.
Nem imaginam do que ele julga ser capaz.
As pessoas julgam as outras o tempo todo.
Perdem tempo julgando, em vez de conhecendo.
Julgam porque querem sentir-se melhor do que o próximo.
Para se sentirem menos medíocres.
Acabam sendo piores.
O julgamento alheio e mentiroso o fazia ficar com raiva.
Depois que o "sangue" esfria, as situações acabam por clarear.
As pessoas se sentem melhor "achando" que são melhores que as outras.
Acaba sendo um vício.
Melhor não entrar nesse círculo vicioso.
Sentimentos falsos e imaginários.
Constroem monstros em cima de príncipes, e vilões em cima de mocinhos.
Deturpam imagens e embaralham papéis.
Mal sabem de quantas formas sua história pode ser contada.
Ignoram que possa ser contada usando verdades em vez de mentiras.
O maculam nos seus atos.
Levam e trazem nos seus gestos.
Enxergam e concluem por entrelinhas.
Nada que realmente exista.
Superficie.
Quando essas reflexões são feitas, fica fácil não se aborrecer por isso.
E por aquilo.
Torna-se até interessante pensar que as pessoas se dispõem a tal coisa.
A pensar que ele era capaz de fazer o mal.
Mal sabem que o mal, é mínimo.
Que ele podia fazer muito melhor.
O hoje será ontem amanhã.
A raiva passada se transformará em boas risadas.
Sim, é isso o que merecem.
Que ele dê boas risadas dessas histórias descabidas.
Que virem piada.
De todo o mal, metade nem fora feito.
Aprendeu com o que ouviu.
Aprendeu com o que viveu.
Aprendeu a responder e questionar
Aprendeu a responder.
Aprendeu a simplesmente, continuar a viver.



*Feito a quatro mãos.
Dedicado a vida e ao Rodrigo.

3 comentários:

Anônimo disse...

*Feito a quatro mãos.
Dedicado a vida e ao Filipe.


estou orgulhoso e emocionado ;D

Juliana Abraços disse...

Seii do que ele é capaz. É bom que tenha aprendido com os erros, eles nos fortalecem e nos ensinam a superar os próximos.
Mas sabe que quem come queto come duas vezes, portanto é bom que não saibam.. rsrs

Hérlon Fernandes disse...

Vou colocar um trecho de uma música do Henri Salvador que ilustra bem sentimentos assim: "Nothing satisfy my soul won't compromise me".
Quase uma tempestade cerebral.

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